Dicas de Telecom ( II ) - Frame-Relay ( I )

Como combinado...




1. Introdução

O Frame Relay já atingiu um patamar de utilização mundial que permite considerá-lo uma tecnologia consumada. De fato, um número considerável de operadoras de serviços públicos em todo o planeta já adquiriu redes frame relay ou estuda essa alternativa.
No Brasil, onde atualmente se constata uma profunda reestruturação do setor de telecomunicações com a abertura do modelo de prestação de serviços e com a privatização do sistema TELEBRAS, é de conhecimento público a diversidade de ofertas anunciadas de novos serviços de telecomunicações abrangendo o frame relay. Varias dessa empresas, do setor privado fazem uso do serviços frame relay, exemplo, Compugraf, Equant, Global One, Infonet, Integris e Proceda.

É possível afirmar-se que, no Brasil, praticamente todas as grandes empresas e um razoável percentual de empresas de médio porte encontram-se no momento em uma das fases do processo de implementação do frame relay, sendo que em alguns casos já existem redes frame relay em operação.
A tecnologia de redes de telecomunicações vem sofrendo mudanças bastante significativas no decorrer das ultimas décadas. Estas mudanças visam atender as necessidades do mercado atual de telecomunicações, dentre as quais podemos citar:
· Altas taxas de throughput;
· Reduzidos delays de trânsito;
· Transparência a protocolos;
· Alocação dinâmica de meios de transmissão.
A tecnologia de redes não-comutadas atende as três primeiras necessidades do mercado, porém, por apresentar uma alocação fixa dos meios de transmissão e um baixo grau de otimização das topologias de redes, a utilização desta tecnologia para aplicações em rajada (burst) e para redes com uma grande dispersão geográfica de terminais se torna inviável.


A tecnologia de redes comutadas se apresenta de forma oposta às redes não-comutadas, esta tecnologia proporciona uma alocação dinâmica da faixa passante e possibilita a utilização de topologias mais otimizadas. Como por exemplo podemos citar as redes X.25, onde o protocolo é bastante robusto por possuir os níveis 2 e 3 do modelo de referência OSI, com isso este protocolo apresenta mecanismos de controle de erros, de seqüência e de fluxo bastante sofisticados, fazendo com que ele apresente baixas taxas de throughput e elevados delays de trânsito.
Com o surgimento de meios de transmissão de melhor qualidade e de terminais inteligentes, nota-se que os mecanismos de controle de erros, de seqüência e de fluxo, não precisam ser realizados no interior da rede, estas funções podem ser realizadas no modo fim-a-fim, com isso pode-se reduzir o delay de transito. O Frame Relay foi reconhecido como um protocolo em 1989, antes disso ele era uma parte dos padrões da RDSI (Redes Digitais de Serviços Integrados).




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